O Louco

O louco é considerado uma das cartas mais singulares dos arcanos maiores, pois ele pode ser tanto a carta 0, quanto a carta 22, e apresenta a figura de um homem andando de forma distraída, com um pequeno cão ao seu lado, segurando um cajado, levando suas trouxas para algum tipo de viagem. O louco como o número 0, ou 22 pode ser a pessoa no início ou no fim da viagem, está indo ou voltando por caminhos tortuosos, é a pessoa que sai em busca do conhecimento, ou o que já recebeu o conhecimento, como em um ciclo eterno, o cajado tem sempre uma simbologia de poder, e o cão representa o instinto.

O louco sempre é visto como um idiota, exatamente por sua decisão de sair do mundo, mas por isso mesmo ele o enxerga melhor que os outros, e carrega em si uma dualidade, ele pode ser a inocência do que começa sua busca, ou pode ser o desapego daquele que muito conhece, e só sabe que nada sabe.

O Estágio em que nos encontramos ao tirar O Louco é de uma mudança eminente. Essa mudança não nos é cobrada, vem de dentro, urge com uma necessidade inconsciente. Mostra, no entanto, que estamos pronto para essa mudança. Basta nos livrarmos de mágoas e dores do passado e encararmos o futuro sem medo. Nesse processo é preciso tomar consciência das próprias capacidades e seguir adiante.

Palavras Chave:
Princípio e fim
O eterno questionador
O instintivo
Inconsciência
Novos pontos de vista
Inocência
Sim

Comentário: Alguma coisa em comum?
Sei que ainda temos muito o que aprender nessa vida, mas agora o Louco saiu para mim como o número 22. To no fim dessa viagem "louca" que eu me meti exatamente no meio do ano de 2007 e que durou até semana passada. Foi uma viajem por caminhos perigosos e tortuosos, mas que graças a Deus chegou ao fim. Mas aprendi muita coisa nesse meu caminhar...muita coisa boa, que me serviu de lição. Muitas vezes realmente me senti como uma idiota, mas hoje vejo que idiota somos todos. Cresci...como pessoa, como ser humano...Amadureci? Espero que sim....o sofrimento nem sempre é em vão. Todos buscamos a felicidade, mas é na tristeza, na dor, que sempre tiramos uma lição.